O mês que decorre...

Já existia quem cantava o "meu querido mês de Agosto" e realmente, para quem goste do dito mês, deseja que o mesmo volte para trás! Lá vai o tempo em que o Agosto, significava férias e bom tempo, praia e muito calor, noites quentes e loucas, e agora o que é que temos?! Noites frias e ventosas, dias encobertos e para além disso, estradas em obras, pelo menos todas aquelas de que a Brisa é dono, ou camarárias anunciando as eleições para breve, mas para quem cá anda é horrível, porque o transito sente-se na mesma ou até mais e pergunto eu, esta gente não vai de férias???
Mas irem de férias para onde, onde é que cabe esta gente toda? Pedir licença para colocar a toalha e ainda ficarmos sujeitos a levar com um pedregulho em cima, ou esperar meia-hora que levantem a mesa do pequeno-almoço num qualquer hotel, ou enfiarmos-nos num avião para qualquer lado, que nem sabemos muito bem onde fica no mapa e virmos de lá passar mais uma gripezita á malta que tem estado sossegadita a trabalhar?
Mas o Verão é o verão e lá vai a malta, num breve retiro acampar mesmo sem saber como é que se põem aquilo em pé e imaginar viver na era dos Flinstones, depois passar pelos 40 e muitos graus á sombra no Alentejo interior e depois lá vai o Agosto decide pregar mais uma partida e manda lá de cima umas quantas paletes, não de bjecas, mas de chuva com direito a uns quantos flash's, para uma revista qualquer, e com tanta trovoada lá acabamos nós á tarde, enfiadas num balneário a falar do tempo com umas primas e umas miúdas dondocas que também por lá pernoitavam...
Agora pergunto eu, Agosto, qual Agosto?

O amor é uma companhia!

Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.

Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.

Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.

Alberto Caeiro

Lembras-te?!

Os teus lábios tocaram nos meus, estremeci e senti um friozinho na barriga... Já andávamos a jogar ao gato e ao rato há algum tempo, mas a sedução é algo tão bom, assim tal como a descoberta... Foste atrevida naquele primeiro momento, para mim era tudo tão novo, tão especial que nem queria acreditar quando tive que te deixar naquela noite fria, para ir trabalhar, ainda hoje não gosto ter que te deixar, envolta nos lençóis, a dormir o mais calmo dos nossos...

É bom enroscar-me no teu corpo, sempre quente, sempre com os poros a transbordar de paixão, assim és tu, sempre que os nossos corpos se encontram.

Ao longo deste tempo, entre sorrisos e abraços, entre uma lágrima ou outra, que por vezes podem surgir de coisas boas ou menos boas ou simplesmente de emoção, tenho cada vez mais a certeza de que contigo consigo concretizar os meus sonhos e projectos que partilhei sempre e que passaram a ser nossos...

Ao meu Eu, obrigada por estes 970 dias de paixão e amor...

Estou de volta...

Não sei bem ao certo, porque descurei este meu pedaço intimo de escrita, talvez, porque precisava de uma pausa, para poder voltar á escrita, ver, conhecer, sentir, cheirar, coisas que a vida tem para nos dar...

Momentos alegres com o Amor, com os amigos, jantares, saídas, coisas que a vida nos tem para oferecer e nós por vezes andamos a mil, e nem damos conta das pequenas coisas.

Coisas essas que por vezes, num momento com o nosso eu, no trabalho, no trânsito, num banho, nos faz sorrir, nos faz sonhar, nos faz querer voltar a repetir...

Se alguém ainda por aqui espreita, estarei por cá novamente.

Ao meu Eu, obrigada pelo apoio e pelo incentivo á minha escrita... Conto sempre com as tuas excelentes fotos ou não fosses tu, uma artista...