Na mais bela cidade do mundo,
onde todos se olham, mas ninguém se vê,
olho á minha volta e só te vejo a ti...
Neste momento estou sozinha, hoje saíste de casa antes de mim, tinhas coisas a tratar e eu atraso-te sempre. Foste em busca de uma parte de vida que te falta ou apenas está suspensa, eu aqui fiquei um pouco perdida ou a tentar encontrar-me em ti e na tua vida.
Saio, algum tempo depois de ti, ligo mas não atendes, volto a insistir e lá oiço do outro lado a tua voz, um pouco mais animada, e então parto á descoberta, parto ao teu encontro.
Vou uma parte do caminho a pé, outra vou por entre as pessoas, primeiro obstáculo ultrapassado, uma máquina de bilhetes de metro, sem bilhetes, eu e mais umas quantas pessoas, parecíamos as formigas em carreiro todas para o mesmo lado. Na carruagem oiço vozes, cruzam-se conversas, e eu anseio por chegar ao pé de ti. Decidi que faria o resto do caminho novamente a pé, estou demasiado pesada e não me posso levantar armas á gordura que se apoderou de mim.
Chego, olho em redor, a princípio só vejo pessoas de todas as raças, credos e cores, mas como o que nos une é algo superior, logo, logo te encontro. Decidimos ir comer qualquer coisa, porque as coisas no nosso país demoram, fico calada, não te quero aborrecer com questões que até nem sejam importantes, quero que sejas tu a falar, porque ainda não me habituei aos teus momentos de silêncio, apenas quero que tenhas presente que vou estar sempre do teu lado e que estou...
Para o meu Eu, com Amor...
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