terça-feira, 8 de maio de 2007

As cartas que te escrevi!

As cartas que te escrevi, mas que nunca te enviei, se calhar nem eram para ti, talvez estivesse como escreveu Fernando Pessoa:
"Todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas. Também escrevi no meu tempo cartas de amor. Como as outras, ridículas..."

As minhas eram apenas desabafos do meu estado de alma, tal como tudo o que escrevo, logo porque razão havias de as ler? Se não as entendias, nem nunca fizeste nenhum esforço para tal...
Mas eu escrevia e escrevia como uma louca, como se isso te transformasse numa pessoa melhor.
Agora aquelas que nunca te dei, que nunca te enviei estão guardadas numa de tantas caixas do meu pequeno escritório, mas apesar de as que leste, nunca as teres entendido, ainda hoje escrevo cartas, bilhetes de amor, porque voltou e fizeram renascer esse sentimento tão nobre que pensei que se tivesse espalhado como quando jogamos cinzas de alguém...

Sem comentários: