quarta-feira, 28 de março de 2007

La Traviata!


Na mais bela cidade do Mundo,
Aquela que é nossa e dos poetas,
Onde o Sol se vê em todo o lado,
Vejo a felicidade no teu rosto...
Há dias, em que já acordamos a pensar na noite, ou porque já temos coisas combinadas, ou porque nos apetece ter uma boa e agradável noite, esta para mim é particularmente especial, talvez porque é a primeira vez que vou ver uma ópera ao vivo e, claro contigo, tu que tens feito da minha vida, uma constante dança de alegria...
Preparo-me com toda a formalidade que um acontecimento destes exige, penso que tens que gostar, de te sentir bem e confortável comigo e com a minha presença, porque tu és deslumbrante e há que fazer jus a essa característica. Penso que não posso ir demasiado produzida porque o meio onde nos inserimos, não está preparado para todo esse requinte, com alguma pena minha, até porque somos um país com uma história cultural vasta. Pronto, já decidi, espero que gostes! Agora é esperar pela surpresa que és tu, e a tua beleza pura, sem ajudas exteriores.
Chego, com o coração aos pulos, porque vou para junto de ti, muito composta e muito segura de que faço boa figura, chego e tu ainda não está preparada, não há problema, és rápida nas coisas.
Olho ao longe, pela janela, aquela janela pela qual a minha imaginação viaja, muito, mesmo muito, a janela onde se desenha um quadro de cores que não se encontra em nenhuma loja de tintas, aqueles quadros que se soubermos guardar a beleza genuína poderemos fazer uma foto, daquelas que não é preciso ficar impressa num pedaço de papel ou guardada em nenhum CD ou até numa pasta de um qualquer computador, fica guardada, na nossa memória, aquela que a tecnologia nunca vai apanhar...
Está a tocar um CD, que conheço, que tu anda estás a descobrir, daqueles em que a letra nem será a que se adequa há altura ou até mesmo ao estado de espírito, mas a melodia é agradável e dançamos, já pensaste na quantidade de vezes que nós dançamos juntas?! Será porque gostamos, porque encaixamos, será que é mais uma forma de nos sentirmos unidas, próximas?...
Agora vai começar a agitação, perdemo-nos sempre um pouco no tempo quando estamos juntas e eloquentes... Temos que ir...

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