Lisboa, num dia qualquer...

Lisboa, a mais bela cidade do Mundo, num dia em que o frio ainda se faz sentir, mas o Sol já brilha e faz aquecer os corações e, liberta emoções de outros dias assim...

Sento-me para beber café, num lugar que é um marco histórico, a Brasileira, e ponto de referência para quem visita a cidade, para quem passa é só mais um café, com a vida agitada (característica de uma cidade de metrópole), as pessoas não têm tempo para ver a beleza que rodeia aquele sitio tão estratégico, como se fosse ponto de partida para o resto do mundo, o mundo de qualquer pessoa. Já reparam nas igrejas que rodeiam a praça?

Vejo namorados de mãos dadas, abraçados, amantes que trocam olhares cúmplices, de uma noite/dia/tarde, bem passada ou que ainda está por acontecer, não diria apenas passada, mas sim partilhada. Sim porque os sentimentos devem ser partilhados com alguém que nos seja especial.

Afinal, o que é que torna as pessoas especiais? Será que sentimos logo quando as conhecemos, será que é com o tempo, por causa da atenção que nos vão dispensando? Não sei se haverá resposta para tal pergunta, nem sei se estou interessada, gosto das pessoas, de conhecer as histórias de cada uma, porque aprendemos sempre algo... Porque nos enriquece a alma e aquece o coração...

A minha imaginação parte em descoberta do desconhecido, enquanto o meu corpo anda pelas ruas estreitinhas, mas cheias de histórias por contar, perco o meu olhar no miradouro da Graça e, sinto-me quase que protegida, por ver o Cristo Rei a abraçar Lisboa, não será a nossa cidade a maravilhosa?

Volto aos meus pensamentos, penso nas pessoas que já passaram na minha vida, sorrio com os bons momentos e fico mais séria nos menos bons, mas mesmo assim acredito que existe alguém... Aquele alguém, que nos enche o coração de alegria, sorriso nos lábios, nos faz querer fazer milhentas loucuras que achamos sempre possível, por mais irreal que nos possa parecer!

Como diz o ditado, de criança e de louco todos temos um pouco, na paixão ajusta-se perfeitamente. Acho que o problema das pessoas, por vezes será pensar demasiado nas coisas, o que por vezes atrapalha e deixa escapar momentos que já poderiam ter sido fantásticos...

Lisboa, aquela cidadezinha pequena da Europa, á beira mar plantada, onde me espero perder, para ser encontrada... Pelos teus olhos de cor indefinida!